quarta-feira, 12 de novembro de 2008

dia desses

acordei com os olhos cheios de vazio

prontos para errar

livres para sonhar,

fui caminhando na faixa amarela,

me equilibrando no meio da rodovia,

sabia que não podia parar,

era como se meu caminhar

fosse os dedos de um violonista

a executar uma canção sagrada,

uma canção popular, porém, inconstante,

cheia de nuancias,

de altos e baixos,

de luzes e sombras,

haviam gatos e anjos caídos no meu caminhar...

flores com amnésia,

fontes escondidas

atrás de montes de pedras,

e velhas senhoras nas varandas de suas casas,

com as portas abertas...”

Henrique Manara

Nenhum comentário: